"Fator Nerd" de Andy Robb

Editora: Galera Record

ISBN: 9788501401151

Título Original: Geekhood: Close Encounters of The Girl Kind

Páginas: 303

Sinopse:"No universo dos RPG, Archie é um Mago Nível 5. No mundo real, seu Fator Nerd é 100%, e seus problemas um pouco mais complicados do que invocar mortos-vivos ou gerir demônios. Sem nenhum livro de regras para navegar pelos grandes desafios da vida - os pais em guerra, um padrasto imbecil, os valentões da escola - ele está à beira do colapso. Mas uma bela gótica balança suas certezas nerds. E apesar de nunca ter chegado perto de uma garota (a não ser que você considere as miniaturas de guerreiras élficas que ele pinta para seus jogos), Archie embarca em uma busca para ganhar seu coração."

Nerd. Foi a única coisa que eu lembro de ter lido antes de agarrar o livro. 

Depois abri para dar uma namorada com a obra e aquela parte de dentro do livro que conta melhor a história é cheia de referência engraçadinhas ao universo geek somada a descrição da menina que é Gótica e alternativa deixou-me sedenta para ler a obra. Afinal, GEEKS 4 LIFE!

De fato, o livro é cheio de referências à cultura nerd. Entretanto, um nerd que pegue esse livro para ler pode ficar decepcionado com a gama limitada de referências de Archie -muito Star Wars e Senhor dos Anéis- mas também o protagonista do livro só tem 14 anos e é pedir demais para que ele tenha uma bagagem cultural nerd muito maior do que isso. Apesar disso, o hobbie dele de pintar os próprios Avatares do RPG é muito legal! Por outro lado, se você é uma pessoa que não está acostumada com esse universo nerd, seria bom se você tivesse algum dispositivo com um recurso de pesquisa próximo a você durante a leitura.

Gostei de como a gama de relacionamentos de Archie vai além de somente a garotinha bonitinha que apareceu na vida dele. Ele tem uma situação familiar complicada com pais divorciadas e que estão criando famílias novas e ele sente como se não pertencesse a nenhuma delas. Sem falar dos amigos que estão com dificuldade em dividir o colega de jogos com um ser do sexo feminino. A Sarah ajuda o Archie a entrar em contato com os sentimentos de frustração que ele tentava esconder e, graças a isso, o protagonista tem um BAITA desenvolvimento.

O livro é contato em primeira pessoa pelo ponto de visto do Archie. Entretanto, às vezes parecem que possuímos dois narradores já que duas vozes vivem em conflito na mente de Archie. O seu MI (Monólogo Interno: aquilo que ele realmente pensa, mas não diz) e o seu ME (Monólogo Externo: aquilo que seu corpo dele acaba fazendo.). Geralmente, o ME faz justamente o contrário do que seu MI gostaria de fazer, mas ao longo da história ele percebe que também não tem tanto controle sobre seu corpo como achava que tinha. A dinâmica funciona mais ou menos assim:

O final me deixo levemente desapontada. Um relacionamento muito importante do livro acabava aberto demais. Não aberto daquela forma que nos deixa pensando o que acontecerá no futuro, mas uma coisa meio esquisita, mal resolvida, em que eles não se falam mais. Desconfortável. Entretanto, como descobri que vai haver uma continuação para o livro, essa relação deve ter mais desenvolvimento no próximo volume.

Eu li o livro muito rápido, foram dois dias só. Ele é levinho e tem uma leitura bem agradável. Traz uma sensação nostálgica de quando você era um pré-adolescente awkward e não sabia como lidar com todas aquelas sensações novas que a puberdade trazia, uma espinha então era o fim dos tempos. Não é um livro extraordinário nem nada, mas me diverti bastante durante a leitura. Espero ansiosamente pela continuação!

Nível de Fangirl:

O primeiro livro me deixou satisfeita, mas prefiro ver mais desenvolvimento na história para poder avaliar melhor.