"Ela" (2013)

Diretor: Spike Jonze

Gênero: Comédia e Drama

Duração:126 minutos

Elenco: Joaquin Phoenix (Johnny & June), Scarlett Johansson (Vicky Cristina Barcelona), Amy Adams (Encantada), Olivia Wilde (Rush - No Limite da Emoção) e Rooney Mara (A Rede Social)

Sinopse: "Em um futuro próximo na cidade de Los Angeles. Theodore Twombly é um homem complexo e emotivo que trabalha escrevendo cartas pessoais e tocantes para outras pessoas. Com o coração partido após o final de um relacionamento, ele começa a ficar intrigado com um novo e avançado sistema operacional que promete ser uma entidade intuitiva e única. Ao iniciá-lo, ele tem o prazer de conhecer 'Samantha', uma voz feminina perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. A medida em que as necessidades dela aumentam junto com as dele, a amizade dos dois aprofunda em um eventual amor pelo outro."

2013 foi um ano que teve um safra um tanto fraca de filmes. Muitos blockbusters com o mesmo roteiro batido, dramas melodramáticos e pretenciosos demais, meus diretores favoritos não se manifestaram... Ou seja, esse Gif do Joaquim Phoenix define muito bem a minha cara para os filmes desse ano. Mas, eis que, aos 46 do segundo tempo, aparece essa maravilha na telona a minha frente!
"Ela", apesar de sua leve atmosfera de ficção científica, não poderia ser uma história real. Passa-se em um futuro nem tão distante, na verdade, acho que em uma questão de uns 10 ou 20 anos podemos viver em um mundo exatamente como esse que Spike Lee imaginou.

Mais que uma jornada de um homem atrás do amor, é a história de um homem tentando entender o amor.

Sabe aquela história que todo mundo fala sobre como a sociedade vai chegar a um ponto em que as únicas pessoas com quem vamos conviver são nossos celulares? Bem, é exatamente esse o ponto de partida do filme. Lidar com os outros e seus sentimentos tornou-se tão difícil que o trabalho do protagonista é escrever cartas de amor encomendadas por desconhecidos. Essa distância culmina quando as pessoas começam a namorar seus sistemas operacionais (Tipo, a nossa querida Sissi, só que melhor. Mentira, nada é melhor que você, Sissi, sua linda!)
Fiquei impressionada como as pessoas dessa sociedade reagem naturalmente ao fato de Theodore estar namorando um sistema operacional. Porém, gostei disso, me deu esperança de que realmente podemos viver em uma sociedade com uma mente mais aberta daqui há alguns anos. Menos quando tudo parece perdido ainda sim se tem um lado positivo.

Um mundo em que a tecnologia começa a se confundir com o que é humano.

Nós criamos uma imagem das pessoas e queremos que elas sejam exatamente aquilo. Nada além do que projetamos para ela. Samantha era perfeita, programada para ser exatamente do jeito que Theodore sempre sonhou. Os problemas do relacionamentos deles começam a aparecer assim que Theodore começa a perceber que Samantha está ganhando vida própria.
Mas as pessoas crescem, mudam com o tempo. E nada nunca pode ser da maneira como sempre foi, mas essa é a graça dos relacionamentos. Vocês crescem juntos. Só que, infelizmente como no caso de Theodore e sua ex-mulher, vocês vão para lados contrários.
É por isso que, sem ter saber mais o que fazer, Theodore cria Samantha. De uma certa maneira, a tecnologia é mostrada nesse filme como algo que substitui o tudo aquilo que é muito difícil para nós lidarmos na vida real... Theodore não consegue lidar com relacionamentos e passa a namorar um computador, Amy que quer ser uma mãe, mas o mais próximo que chega desse objetivo é projetar-se em um vídeo game que ela criar.

Kiki manda beijos para essa recalcada da Samantha!

Posso passar horas falando de todos as coisas lindas e delicadas desse filme. Como a "fotografia" deles, as cartas que Theodore escreve, as reflexões que ele tem com sua melhor amiga ou a discussão dele com a ex-mulher... JKHOFKWSSDODSDPKAPSDWE É MUTA COISA PARA DIGERIR!!!
O pior é quando chega nos últimos minutos do filme e você acha que já não é mais humanamente possível chorar mais do que você chorou até agora *BANG* o discurso final do protagonista veem te da um soco no pâncreas! Aí, você chora sua alma para fora.

Lindo e real, são as únicas palavras cabíveis para descrever esse filme. "Ela", apesar de leve, não é um filme fácil de se assistir. De uma forma bem sutil, ele faz com que você reflita vários temas relativos a sociedade atual. A única coisa que posso dizer para vocês é que se você não tiverem visto esse filme ainda, VEJAM AGORA! Vocês não tem ideia do que estão perdendo.

Nível de Fangirl:

Don't Keep Calm
Fê